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quarta-feira, 30 de março de 2011

Fazendo Silêncio Juntos

Mark Dever (Wikipedia de Dever)
Um dos aspectos mais frequentemente comentados no culto matinal do Dia do Senhor aqui na Capitol Hill Baptist Church é nada do que fazemos. Ou melhor, é O nada que fazemos. São os nossos momentos de silêncio.

Há silêncio entre vários momentos do culto. Eu encorajo os líderes da igreja a NÃO fazerem os “não momentos de silêncio”. Nós GOSTAMOS dos “momentos de silêncio”. “Momentos de silêncio” nos dão tempo para refletir. Para coletar nossos pensamentos. Para considerar o que nós acabamos de ouvir, ler ou cantar. O silêncio amplifica as palavras ou as músicas que nós acabamos de ouvir. Isso nos dá tempo de absorver tudo para dentro de nós e orar. Nós temos silêncio para nos prepararmos. Nós temos silêncio entre os anúncios e a leitura das Escrituras para o culto. Nós temos um momento de silêncio inclusive DEPOIS da celebração. Eu pronuncio a benção do final de II Coríntios, convido a congregação a permanecer sentada e então, depois de aproximadamente um minuto de silêncio, os pianistas começam a tocar suavemente o último hino que nós tínhamos acabados de cantar. Durante esses poucos momentos, nós nos preparamos para falar com os outros e partir. Nós entramos em conexão com Deus. Nós nos preparamos para a semana à frente.

Eu sou viciado em som. Até mesmo agora que eu estou escrevendo sobre silêncio, eu tenho Paganini explodindo em meu estúdio! Mas ontem de manhã na igreja durante um dos nossos silêncios, eu me dei conta de como o público se esforça para ficar em silêncio. Todo mundo se esforça para ficar em silêncio. Pessoas param de passar seus boletins ou olhar para alguma coisa em seus pulsos. Não há movimento. Nós, juntos, ouvimos o silêncio. Isso nos submerge. Isso aumenta nossa união. Isso é uma coisa que todos nós fazemos juntos. Juntos, nós consideramos o que nós acabamos de ouvir. Juntos nós contribuímos ao outro espaço para pensar.

Porque a igreja se esqueceu disso? Nossa cultura conhece isso. Nos mais solene momentos, nós temos um minuto de silêncio. E todos escutam o silêncio. Por que nós não fazemos isso na igreja?

No último século, E. M. Forster, em Passagem Para Índia, refere-se ”pobre cristianismo falador”. Talvez houve um tempo quando tudo que os cristãos faziam era se reunir para ouvir a leitura da Bíblia, pregar e orar. Mas esse dia se passou há muito tempo na maioria das igrejas evangélicas. Hoje, nós nos recolhemos mais para assistir do que para escutar. E cantar.

Mas em todo esse barulho do nosso coro, e baterias, e guitarras elétricas, e órgãos, e bandas de louvor, onde está a solenidade? Onde está a dignidade e majestade que é tão frequentemente indicada na Bíblia por um estupefato silêncio, encharcado em temor e coberto de maravilha?

Eclesiastes 3:7 nos diz que existe o tempo de falar e o tempo de calar, mas nós parecemos ter esquecido hoje que existe um tempo para o silêncio. Deus chama seu povo diante Dele em silêncio: “Mas o SENHOR está no seu santo templo; cale-se diante dele toda a terra.” (Hab. 2:20).

Certamente como cristãos, nós temos muito para nos regozijar em voz alta, alegremente e cheios de expectativa! Mas não é parte das nossas assembleias regulares refletir o peso da nossa pecaminosidade diante de um Deus Santo - o silêncio da convicção - até mesmo de tristeza? Além disso, não faz parte das nossas assembleias regulares refletir o deslumbrante peso do nosso perdão em Cristo - o silêncio da maravilha - e até mesmo da humildade de algumas incompreensões?

Nós nos silenciamos exatamente porque Deus não tem mantido silêncio. Nós nos silenciamos a fim de que nós possamos ouvir a Deus falar em Sua Palavra (“Falou mais Moisés, juntamente com os sacerdotes levitas, a todo o Israel, dizendo: Guarda silêncio e ouve, ó Israel! Hoje vieste a ser povo do SENHOR teu Deus” Dt 27:9). Nós nos silenciamos para mostrar o nosso assentimento às acusações contra nós. (“Emudeci; não abro a minha boca, porquanto tu o fizeste.”  Salmos 39:9). Nós nos silenciamos para mostrar respeito, obediência, humildade e retenção (“Cala-te diante do SENHOR Deus, porque o Dia do SENHOR está perto, pois o SENHOR preparou o sacrifício e santificou os seus convidados.” Sf 1:7; “conservem-se as mulheres caladas nas igrejas, porque não lhes é permitido falar; mas estejam submissas como também a lei o determina.” ICr 14:34; “E não permito que a mulher ensine, nem exerça autoridade de homem; esteja, porém, em silêncio.” I Tm 2:12). Nós nos silenciamos para procurar nossos corações (“Irai-vos e não pequeis; consultai no travesseiro o coração e sossegai.” Salmos 4:4).

Nós nos silenciamos em nosso próprio tempo de oração, lendo e meditando na Palavra de Deus. Nós deveríamos também nos silenciar em nossos períodos de culto. Fazendo silêncio juntos edifica e unifica a igreja, testemunhamos para a majestade de Deus e implicitamente proclamamos Sua Graça para todos que escutam.

Por: Mark Dever. Website: 9Marks
Tradução e adptação: Revista Reformada Website:
revistareformada.blogspot.com

Permissões: Você está autorizado e incentivado a reproduzir esse material da forma que desejar, desde que indique as informações supracitadas, não altere o seu conteúdo original nem o utilize com qualquer fim comercial e lucrativo.



“Esta é a permuta que, em sua bondade infinita, ele quis fazer conosco: recebeu nossa pobreza, e nos transferiu suas riquezas; levou sobre si a nossa fraqueza, e nos fortaleceu com o seu poder; assumiu a nossa mortalidade, e fez nossa a sua imortalidade; desceu à terra, e abriu o caminho para o céu; fez-se Filho do homem, e nos fez filhos de Deus.” João Calvino

domingo, 27 de março de 2011

Revista Reformada N° 3 - Escolhidos Desde a Eternidade

Hoje sai o terceiro número da Revista Reformada. O autor do texto de hoje é o pastor, escritor e conferencista John MacArthur. (Wikipedia de MacArthur)

John MacArthur no seu texto “Escolhidos Desde a Eternidade!”, nos ensina a doutrina da Predestinação, mostrando como Deus, em sua Soberania e Santidade, nos escolheu desde a eternidade para o louvor do Seu Nome. John nos mostra isso em três métodos distintos:
  ü  A afirmação apostólica
  ü  A confirmação nas Escrituras
  ü  A confirmação na Teologia

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“Esta é a permuta que, em sua bondade infinita, ele quis fazer conosco: recebeu nossa pobreza, e nos transferiu suas riquezas; levou sobre si a nossa fraqueza, e nos fortaleceu com o seu poder; assumiu a nossa mortalidade, e fez nossa a sua imortalidade; desceu à terra, e abriu o caminho para o céu; fez-se Filho do homem, e nos fez filhos de Deus.” João Calvino

quarta-feira, 23 de março de 2011

João Calvino e a Universidade

Breve Histórico de Calvino

O francês João Calvino nasceu em 1509 em Noyon, na França. As ligações de seu pai com o clero local deram ao menino valiosas oportunidades na área educacional. Frequentou a escola primária e secundária com os sobrinhos do bispo de Noyon e outras crianças de famílias destacadas. No início da adolescência, aos catorze anos, foi estudar em Paris; cursou filosofia e humanidades no Collège de Montaigu, ligado à Universidade daquela cidade.
Sentiu-se atraído pelo humanismo, ou seja, a apreciação pela antiga cultura greco-romana. Dedicou-se ao estudo do latim, do grego, da teologia e dos autores clássicos, além de fazer cursos na área do direito. Através de parentes, amigos e professores, recebeu influências do novo movimento protestante, convertendo-se à fé evangélica por volta de 1533. Dedicou-se, então, ao estudo sistemático e aprofundado da Bíblia, publicando em 1536 a primeira edição de sua obra mais famosa, a Instituição da Religião Cristã, mais conhecida como Institutas. No mesmo ano, passou a residir em Genebra, na Suíça, cidade que recentemente havia abraçado o protestantismo. Após breve permanência ali, viveu por três anos em Estrasburgo (1538-1541), no sul da Alemanha, junto ao reformador Martin Bucer (1491-1551). Nesse período, pastoreou uma igreja constituída basicamente de franceses exilados e, também, lecionou na academia de Johannes Sturm (1507-1589).
Em 1541 regressou à Genebra e ali passou o restante de sua vida. Desenvolveu prodigiosa atividade como líder eclesiástico, pastor, pregador e teólogo. Publicou uma imensa quantidade de escritos na forma de novas edições das Institutas (em latim e francês). A tradução dessa obra para o francês, em 1541, juntamente com outros dos seus muitos e belos escritos, contribuiu para modelar a língua francesa. Calvino também escreveu comentários bíblicos, tratados doutrinários e obras voltadas para a vida interna da Igreja.
Entre seus escritos, temos volumosa correspondência que manteve com um grande número de pessoas ao redor da Europa, desde governantes até pessoas simples. Seu relacionamento com as autoridades de Genebra, de início bastante tenso, passou a ser mais positivo nos anos finais de sua vida.
Em 1559, tornou-se cidadão de Genebra, publicou a edição definitiva das Institutas e fundou a Academia de Genebra, embrião da futura universidade. Faleceu em 1564, aos 55 anos. Alister McGrath demonstrou, em sua biografia sobre Calvino, como o mito de "o grande ditador de Genebra" é enraizado em conceitos populares difundidos especialmente por afirmações sem fatos históricos que as apoiassem, mas que, não obstante, acabaram por moldar a visão de Calvino que hoje prevalece em muitos meios acadêmicos.
No aspecto religioso, Calvino é considerado o pai da tradição protestante reformada, que engloba presbiterianos, congregacionais, uma parte dos batistas e parte do anglicanismo. Seus seguidores ficaram conhecidos, em geral, como reformados.
Um quadro mais próximo aos registros históricos mostra que Calvino era um pastor atencioso, que visitou pacientes terminais de doenças contagiosas no hospital que ele mesmo havia estabelecido, embora fosse advertido dos perigos de contato. Além disso, tomou diversas atitudes que mudaram a vida social da cidade. Foi ele quem instou o conselho municipal de Genebra a afiançar empréstimos a baixos juros para os pobres. Genebra foi o primeiro lugar na Europa ater leis especiais que proibiam: jogar detritos e lixo nas ruas; fazer fogo ou usar fogão num cômodo sem chaminé; ter uma casa com sacadas ou escadas sem que as mesmas tivessem grades de proteção; alugar uma casa sem o conhecimento da polícia; sendo comerciante, cobrar além do preço permitido ou roubar no peso e, também, estocar mercadorias para fazê-la faltar no mercado e assim encarecê-la (e isso se estendia aos produtores). Assim como Lutero e outros reformadores, ele defendeu a educação universal para todos os habitantes da cidade. É particularmente essa última contribuição de Calvino que queremos enfocar na presente Carta de Princípios.

Calvino e a Educação

Em 1536 Calvino apresentou um plano ao conselho municipal de Genebra que incluía uma escola para todas as crianças, na qual as crianças pobres teriam ensino gratuito. Era a primeira escola primária obrigatória da Europa. Em uma delas as meninas eram incluídas junto com os meninos.
Calvino tinha um alvo muito claro quanto à educação. Ele desejava que os alunos das escolas de Genebra fossem futuros cidadãos da cidade, bem preparados “na linguagem e nas humanidades”, além da formação cristã e bíblica. O currículo que ele ajudou a elaborar tinha ênfase nas artes e nas ciências, além, obviamente, da ênfase nas Escrituras. Conforme nos diz Moore, “O principal propósito da universidade [de Genebra] era eminentemente prático: preparar os jovens para o ministério ou para o serviço no governo.”.
Essa preocupação de Calvino com a educação decorria de sua visão cristã de mundo. Entre os pontos de sua teologia que o impulsionavam à missão como educador, havia a concepção do ser humano criado à imagem e semelhança de Deus, conforme análise de Héber Carlos:

“Em sua teologia sobre a imagem de Deus no homem, Calvino viu o ser humano como um ser que aprende inerentemente. Deus depositou no ser humano ‘a semente da religião’ e também o deixou exposto à estrutura total do universo criado e à influência das Escrituras. Por causa dessas coisas, qualquer homem podia aprender desde o mais simples camponês ao indivíduo mais instruído nas artes liberais.”

Outro ponto de suas convicções religiosas era o entendimento de que todo conhecimento vem de Deus, quer seja o conhecimento “sagrado” ou o “profano”. Calvino dispunha de uma visão ampla da cultura, entendendo que Deus é Senhor de todas as coisas e, por isso, toda verdade é verdade de Deus. Essa perspectiva amparava-se no conceito da “Graça Comum” ou “Graça Geral” de Deus sobre todos os homens. Ele diz:

“... visto que toda verdade procede de Deus, se algum ímpio disser algo verdadeiro, não devemos rejeitá-lo, por quanto o mesmo procede de Deus. Além disso, visto que todas as coisas procedem de Deus, que mal haveria em empregar, para sua glória, tudo quanto pode ser corretamente usado dessa forma?”

Calvino defendia que Deus havia agraciado todas as pessoas com inteligência, perspicácia, capacidade de entender e transmitir, indistintamente da sua fé e crença. Assim, desprezar a mente secular era desprezar os dons que Deus havia distribuído no mundo, até mesmo aos incrédulos, mediante a graça comum.

A Academia de Genebra

Não é de estranhar, à luz das convicções teológicas de Calvino, que ele tivesse seu coração voltado para a educação da população de Genebra e da Europa em geral. Desde 1541 encontramos registros da sua preocupação diária em como dar a Genebra uma universidade. Ele desejava criar uma grande universidade, contudo os recursos da República eram pequenos para isso. Assim, ele se limitou à criação da Academia de Genebra (1559) 14, que o historiador Charles Bourgeaud (1861-1941), antigo professor da Universidade de Genebra, considerou como “a primeira fortaleza da liberdade nos tempos modernos”.
No currículo, incluía-se o ensino da leitura e da escrita e cursos mais avançados de retórica, música e lógica. Conforme Campos nos diz em sua pesquisa, 16 os alunos passavam do alfabeto à leitura do francês fluente, gramática latina e composição em latim, literatura grega, leitura de porções do Novo Testamento grego, juntamente com noções de retórica e dialética, com base nos textos clássicos. Não é sem razão que, diante da sua capacitação no latim, se dizia que meninos de Genebra falavam como os doutores da Sorbonne.
O currículo da Academia enfocava não somente as artes e a teologia, como igualmente as ciências. Na mente do Reformador, não havia conflito entre fé e ciência na universidade. Ao contrário da visão educacional escolástica medieval, Calvino considerava que o estudo da ciência física tinha como propósito descobrir a natureza e seu funcionamento, pois Deus se revelava à humanidade por meio das coisas criadas, da natureza. Estudando o mundo, o ser humano acabaria por conhecer mais a Deus. A Academia veio a se tornar modelo para outras escolas da Europa.

A Reforma e a Educação

Os cristãos reformados, a exemplo de Calvino, dedicaram-se igualmente a promover a educação, as artes e as ciências. Nunca viram a fé cristã como inimiga do avanço do conhecimento científico e do saber humano.
Alister McGrath cita pesquisa feita por Alphonse de Candolle sobre a participação de membros estrangeiros na Academie des Sciences Parisiense, durante o período de 1666 a 1883, os primeiros séculos posteriores à Reforma protestante. Segundo McGrath, Candolle verificou que,

“... os protestantes excediam em muito a quantidade de católicos. Tomando como base a população [de Paris], Candolle estimou que 60 por cento dos membros [da Academie] deveriam ter sido católicos, e 40 por cento, protestantes; as quantias reais acabaram por ser de 18,2 por cento e 81,8 por cento, respectivamente. Embora os calvinistas fossem consideravelmente uma minoria, na parte sul dos Países Baixos, durante o século 16, a vasta maioria dos cientistas naturais dessa região foi proveniente desse grupo.”

A mesma pesquisa mostrou que, na composição primitiva da Royal Society de Londres, a maioria dos seus membros era composta por reformados. Tanto as ciências físicas quanto as biológicas eram fortemente influenciadas pelos calvinistas durante os séculos XVI e XVII. Todos esses pesquisadores e cientistas, por sua vez, haviam sido influenciados pela Reforma Protestante, especialmente pela obra de João Calvino.
Na área de educação, especificamente, destaca-se a obra de João Amós Comênio, um moraviano que recebeu alguma influência reformada em sua formação. Em 1611 ingressou na Universidade de Herborn, em Nassau, um dos centros de difusão da fé calvinista,19 sendo aluno do teólogo calvinista Johann H. Alsted (1588-1638). Em 1613 foi admitido na Universidade de Heidelberg (Alemanha), onde estudou teologia. Aqui também havia forte influência calvinista. Comênio ficou conhecido por sua obra Didática Magna, publicada há 300 anos. Produziu, além disso, uma obra vastíssima ligada especialmente à educação (mais de 140 tratados). Sua obra Didática Magna é considerada o primeiro tratado sistemático de pedagogia, de didática e de sociologia escolar. Nessa obra, Comênius defende que a educação, para ser completa, deve contemplar três áreas: instrução, virtude e piedade. Sua visão educacional, influenciada pela Reforma, atinge a dimensão intelectual, moral e espiritual do ser humano.
No período que antecedeu a Guerra Civil nos Estados Unidos, os Reformados que para lá tinham ido, partindo da Europa, haviam construído dezenas de colégios e universidades. E isso numa época de poucos recursos financeiros e econômicos.
Não podemos deixar de citar que muitas das maiores e melhores universidades do mundo foram fundadas por Reformados. A Universidade Livre de Amsterdam, por exemplo, uma das melhores do mundo, foi fundada em 1881 pelo reformado holandês Abraão Kuyper que mais tarde se tornou Primeiro Ministro da Holanda. A princípio, a universidade era aberta somente para os cristãos reformados e era financiada por doações voluntárias. Mais tarde, em1960, abriu-se ao público em geral e passou a ser financiada como as demais universidades holandesas, embora ainda retenha as suas tradições e valores reformados.
A Universidade de Princeton, também considerada uma das melhores do mundo, foi fundada em 1746 como Colégiode Nova Jersey. Seu fundador foi o Governador Jonathan Belcher, que era congregacional, atendendo ao pedido de homens presbiterianos que queriam promover a educação juntamente com a religião reformada. Atualmente, é reconhecida como uma das mais prestigiadas universidades do mundo, oferecendo diversos graus em graduação e pós-graduação, mais notavelmente o grau de Ph.D.. Está classificada como a melhor em muitas áreas, incluindo matemática, física e astronomia, economia, história e filosofia.
A conhecida Universidade de Harvard foi fundada em 1643 pelos reformados apenas seis anos após a chegada deles na baía de Massachussets, nos Estados Unidos. Sua declaração da missão e do propósito da educação, sobre a qual Harvard foi erigida, foi redigida da seguinte maneira:

“Cada estudante deve ser simplesmente instruído e intensamente impelido a considerar corretamente que o propósito principal de sua vida e de seus estudos é conhecer a Deus e a Jesus Cristo, que é a vida eterna, (João 17.3); consequentemente, colocar a Cristo na base é o único alicerce do conhecimento sadio e do aprendizado.”

A Universidade de Yale, uma das mais antigas universidades dos Estados Unidos, foi fundada na década de 1640 por pastores reformados da recém formada colônia, que queriam preservar a tradição da educação cristã da Europa. Essa é a universidade americana que mais formou presidentes dos Estados Unidos. Em seu alvará de funcionamento concedido em 1701 se diz:
“... que [nessa escola] os jovens sejam instruídos nas artes e nas ciências, e que através das bênçãos do Todo-Poderoso sejam capacitados para o serviço público, tanto na Igreja quanto no Estado.”

Ainda hoje, nos Estados Unidos, existem centenas de escolas de ensino superior confessionais, associadas a instituições credenciadoras. No Brasil, os Reformados trouxeram importantes contribuições para a educação, com a fundação de escolas e universidades e a influência nos meios educacionais.
Em São Paulo, o Mackenzie é fruto da visão educacional dos reformadores. Fundado por missionários calvinistas, declara-se uma instituição de ensino orientada pelos valores e princípios da fé cristã reformada conforme encontrados na Bíblia. A identidade confessional do Mackenzie atravessou diversas fases em sua história, mas nunca foi deixada de lado ou negada. Hoje, o Estatuto e o Regimento que ordenam a existência e o funcionamento da Universidade deixam clara essa identidade. Como escola de origem reformada, o Mackenzie busca a excelência na educação e a formação integral de seus alunos, a partir de uma visão cristã de mundo. O excelente desempenho da Universidade e das Escolas Mackenzie nas avaliações oficiais, por si só, demonstra que é possível conciliar uma cosmovisão cristã com ensino de qualidade.

Conclusão

As iniciativas pioneiras de Calvino em Genebra na área da educação lhe valeram, conforme destaca o historiador Philip Schaff, o título de “fundador do sistema escolar comum”. O prédio “João Calvino”, situado na Rua da Consolação, onde funciona a alta administração do Mackenzie em seu campus Itambé, é um tributo à visão educacional do Reformador. Em sua principal entrada há uma placa bem visível a todos os que entram no Mackenzie, contendo palavras de Jesus que bem resumem essa visão: “Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (Evangelho de João 8.32).

Augustus Nicodemus Lopes

Colaboram com o conteúdo dessa Carta:
Dr. Alderi Souza de Matos
Dr. Hermisten Costa Pereira
Ms. Franklin Ferreira


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“Esta é a permuta que, em sua bondade infinita, ele quis fazer conosco: recebeu nossa pobreza, e nos transferiu suas riquezas; levou sobre si a nossa fraqueza, e nos fortaleceu com o seu poder; assumiu a nossa mortalidade, e fez nossa a sua imortalidade; desceu à terra, e abriu o caminho para o céu; fez-se Filho do homem, e nos fez filhos de Deus.” João Calvino

domingo, 20 de março de 2011

Revista Reformada N° 2 - O que é a doutrina da Trindade?

Olá irmão. Hoje sai mais uma edição da Revista Reformada.

Este número traz um estudo feito pelo pastor, escritor e conferencista John Piper.

Nessa edição John Piper ensina um pouco sobre a doutrina da Trindade. Doutrina essa que é tão importante para poder conhecer e entender melhor nosso Deus.

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"Esta é a permuta que, em sua bondade infinita, ele quis fazer conosco: recebeu nossa pobreza, e nos transferiu suas riquezas; levou sobre si a nossa fraqueza, e nos fortaleceu com o seu poder; assumiu a nossa mortalidade, e fez nossa a sua imortalidade; desceu à terra, e abriu o caminho para o céu; fez-se Filho do homem, e nos fez filhos de Deus." João Calvino

quarta-feira, 16 de março de 2011


Espírito Santo: Autor da Escritura

Texto escrito em 26 de Fevereiro de 1984 por John Piper

2 Pedro 1:20-21
“Sabendo, primeiramente, isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação; Porque a profecia nunca foi produzida por vontade dos homens, mas os homens da parte de Deus falaram movidos pelo Espírito Santo.”

Em 27 de Junho de 1819, Adoniram Judson batizou seu primeiro convertido em Burma. Sua esposa, Ann Hasseltine, descreveu como Moung Nau respondeu à Escritura: “Poucos dias antes eu estava lendo com ele as palavras de Cristo no Sermão do Monte. Ele estava profundamente impressionado e dotado de uma solenidade incomum. ‘Estas palavras’, disse ele, ‘tomaram-me as entranhas; fizeram-me tremer. ’”. Deus falara através do profeta Isaías, 2.700 anos atrás e disse, “… mas, para esse olharei, para o pobre e abatido de espírito, e que treme da minha palavra… Ouvi a palavra do Senhor, vós, os que a temeis” (Isaías 66:2, 5).

O Impacto da Bíblia na História

Por dois mil anos, a Bíblia tem se entranhado em diversos homens e os feito tremer — primeiro, de medo, porque revela nossos pecados, então com fé, porque revela a Graça de Deus. Um único versículo, Romanos 13:13 (“Andemos honestamente, como de dia: não em glutonarias e bebedeiras, não em impudicícias e dissoluções, não em contendas e inveja.), convenceu e converteu o imoral Agostinho. Para Martinho Lutero, um monge miserável, a luz irrompeu através de Romanos 1:17 (“Porque no evangelho é revelada, de fé em fé, a justiça de Deus, como está escrito: Mas o justo viverá da fé.). Diz ele:

Noite e dia ponderei até ver a conexão entre a justiça de Deus e a declaração de que “o justo viverá da fé”. Então eu tomei para mim que a justiça de Deus é essa retidão pela qual, através da graça e pura misericórdia, Deus justifica-nos pela fé. Daí em diante, senti que havia renascido e partido por portas abertas para o paraíso. (Here I Stand, p. 49)

Para Jonathan Edwards, foi 1 Timóteo 1:17. Ele disse:

O primeiro exemplo, do qual me recordo, deste tipo de doce deleite interior em Deus e nas coisas divinas, que desde então muito vivenciei, foi na leitura dessas palavras, 1 Tim. 1:17: “Assim, ao Rei eterno, imortal, invisível, Deus único, honra e glória pelos séculos dos séculos. Amém!” Ao ler essas palavras, veio à minha alma … uma impressão da glória do Ser Divino; uma nova sensação diferente de qualquer coisa que eu, antes, experimentara. Nunca quaisquer palavras da Escritura me pareceram como essas. (Works, vol. 1, p. xii)

De século a século, do Egito à Alemanha, da Alemanha à Nova Inglaterra, a Bíblia vem trazendo pessoas a Cristo, renovando-as.

A Bíblia como a Palavra do Homem e a Palavra de Deus

Por quê? Por que a Bíblia tem esta relevância e poder contínuos? Acredito achar a resposta em nosso texto - 2 Pedro 1:20–21: “Sabendo, primeiramente, isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação; porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana; entretanto, homens santos falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo. ”. Esta passagem ensina que, quando você lê a Escritura, o que você está lendo não vem somente de um homem, mas também de Deus. A Bíblia é uma obra de muitos homens diferentes. Mas também é muito mais que isto. Sim, homens falaram. Eles falaram com sua própria linguagem e estilo. Contudo, Pedro menciona duas outras dimensões do seu falar.

Falar da parte de Deus, Movido pelo Espírito Santo

Primeiro, eles falaram da parte de Deus. O que tinham a dizer não era meramente vindo de suas limitadas perspectivas. Eles não são a origem da verdade que falam; eles são o canal. A verdade é a verdade de Deus. Seu significado é o significado de Deus.
Segundo, não é apenas o que eles falaram da parte de Deus, mas como eles falaram isto, controlados pelo Espírito Santo. “Homens santos falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo”. Deus não revelou simplesmente a verdade aos autores da Escritura e então partiu, esperando que eles a comunicassem corretamente. Pedro diz que, ao comunicarem-na, eles foram conduzidos pelo Espírito Santo. A confecção da Bíblia não foi deixada às habilidades de comunicação meramente humanas; o próprio Espírito Santo levou o processo à sua completude.
Um livro recente de três ex-professores meus (LaSor, Hubbard, and Bush, Old Testament Survey, p. 15) expressa-o da seguinte maneira:
Para assegurar precisão verbal, Deus, na comunicação de sua revelação, tem de ser verbalmente preciso e a inspiração tem de se estender às próprias palavras. Isto não significa que Deus ditou todas as palavras. Em vez disso, seu Espírito penetrou tanto a mente do escritor, que ele escolheu de seu próprio vocabulário e experiência precisamente aquelas palavras, pensamentos e expressões que exprimiam a mensagem de Deus com precisão. Neste sentido, as palavras dos autores humanos da Escritura podem ser vistas como a Palavra de Deus.

Não apenas Profecias, mas Toda a Escritura

Alguém poderia dizer que 2 Pedro 1:20–21 só tem a ver com profecia, e não com toda a Escritura do Antigo Testamento. Mas observe atentamente como ele argumenta. No verso 19, Pedro diz que uma palavra profética cresceu em sua certeza por sua experiência com Jesus no monte da transfiguração. Então, nos versículos 20–21, ele dá suporte à autoridade dessa palavra profética dizendo que ela é parte da Escritura. Versículo 20: “Nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação.”. Pedro não está dizendo que só as partes proféticas da Escritura são inspiradas por Deus. Ele está dizendo, nós sabemos que a palavra profética é inspirada precisamente porque é “profecia da Escritura”. A afirmação de Pedro é que tudo quanto está na Escritura é de Deus, escrito por homens que foram conduzidos pelo Espírito Santo.
Ele ensina o mesmo que Paulo em 2 Timóteo 3:16: “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça”. Nenhuma das Escrituras do Antigo Testamento veio de um impulso humano. Toda ela é verdade vinda de Deus, pois homens movidos pelo Espírito Santo falaram da parte de Deus.

E quanto aos escritos do Novo Testamento?

          Mas e quanto ao Novo Testamento? Experimentaram os apóstolos e seus associados próximos (Marcos, Lucas, Tiago, Judas, e o escritor de Hebreus) inspiração divina ao escreverem? Foram eles “conduzidos” pelo Espírito Santo para falarem da parte de Deus? A Igreja cristã sempre disse que sim. Jesus disse aos seus apóstolos em João 16:12–13: “Tenho ainda muito que vos dizer, mas vós não o podeis suportar agora; quando vier, porém, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade; porque não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará as coisas que hão de vir”. Então o apóstolo Paulo confirma isso quando diz, do seu próprio ensino apostólico, em 1 Coríntios 2:12–13: “Ora, nós não temos recebido o espírito do mundo, e sim o Espírito que vem de Deus, para que conheçamos o que por Deus nos foi dado gratuitamente. Disto também falamos, não em palavras ensinadas pela sabedoria humana, mas ensinadas pelo Espírito, conferindo coisas espirituais com espirituais”. Em 2 Coríntios 13:3 disse que Cristo falava através dele. E em Gálatas 1:12 ele disse : “Porque eu não o recebi [o evangelho], nem o aprendi de homem algum, mas mediante revelação de Jesus Cristo.”. Se tomarmos Paulo para nosso modelo sobre o que significa ser apóstolo de Cristo, então seria justo dizer que o Novo Testamento, como o Antigo, não veio meramente de homens mas também de Deus. Os escritores do Antigo e Testamento falaram ao serem movidos pelo Espírito Santo.

O Espírito Santo é o Autor Divino da Escritura

A doutrina que emerge é esta: O Espírito Santo é o autor divino de toda a Escritura. Se esta doutrina é verdadeira, então as implicações são tão profundas e de tão longo alcance que cada parte de nossas vidas deveria ser afetada. Eu quero falar sobre essas implicações nesta manhã. Contudo, para nosso próprio fortalecimento e para aqueles ainda hesitantes às voltas de comprometerem-se com a doutrina, deixe-me primeiro esboçar a base de nossa persuasão.

Chegando a uma Fé Racional nas Escrituras

A maioria das pessoas chega a uma confiança racional na Bíblia como Palavra de Deus de uma maneira semelhante a essa. Isso acontece em três estágios.

1. Nós Somos Culpados Diante de Deus

Primeiro, o testemunho de nossa consciência, a realidade de Deus sob a natureza e a mensagem da Escritura vêm juntas ao nosso coração para nos dar a inescapável convicção de que somos culpados diante de nosso Criador. Essa é uma convicção racional porque a persuasão de que há um Criador sobre este mundo, e a persuasão de que somos culpados por não honrá-lo e agradecê-lo como devemos, não são saltos irracionais no escuro; elas são forçadas sobre nós pela nossa experiência e pensamento sincero sobre o mundo.

2. Jesus Ganha Nossa Confiança

O segundo passo em direção de uma convicção racional de que a Bíblia é a Palavra de Deus, é que Jesus Cristo é mostrado a nós. Alguém lê, ou nos conta a história desse homem incomparável que falou e agiu de modo tão maior que o de um homem. Vemos a autoridade que ele reivindicou para perdoar pecados, e comandar demônios, e controlar a natureza, vemos a pureza de seu ensino moral, sua rendição completa à vontade de Deus, sua calma brilhante sob interrogatório, sua fúria justa contra hipócritas, sua ternura com as crianças pequenas, sua paciência com os humildes que o buscavam, sua submissão inocente à tortura, e ouvimos dos seus lábios as palavras mais doces, mais imprescindíveis, jamais pronunciadas: “Eu dou a minha vida em resgate por muitos.” E então pela força auto autenticada de seu caráter e poder incomparáveis, Jesus ganha nossa confiança e segurança, e nós o tomamos como Salvador de nosso pecado e Senhor de nossa vida. E isso não é uma convicção irracional. É a maneira como todos vocês tomam decisões racionais sobre a quem vocês vão confiar sua vida. É naquela babá que vocês vão confiar para cuidar de suas crianças, ou naquele advogado para dar bons conselhos, ou naquele amigo para guardar seu segredo? Você olha, escuta, e finalmente é persuadido (ou não) de que aquela pessoa é um terreno firme para sua confiança.

3. Seguimos o Ensino e o Espírito de Jesus

Uma vez que o caráter e o poder de Jesus capturaram nossa confiança, então ele se torna o guia e a autoridade para todas nossas futuras decisões e convicções. Então, o terceiro passo no caminho de uma convicção racional de que a Bíblia é a Palavra de Deus, é deixar o ensino e o espírito de Jesus controlar como nós avaliamos a Bíblia. Isso acontece de pelo menos duas maneiras. Uma é que aceitamos o que Jesus ensina sobre o Antigo e o Novo Testamento. Quando ele diz que a Escritura não pode falhar (João 10:35) e que nem uma letra, ou um ponto, passará da lei até que tudo seja cumprido (Mateus 5:18), concordamos com ele e baseamos nossa confiança no pelo Testamento sobre sua confiabilidade. E quando ele escolheu doze apóstolos para fundar sua igreja, dando-lhes sua autoridade para ensinar, e prometeu enviar seu Espírito para guiá-los na verdade, concordamos com ele e creditamos os escritos desses homens com a autoridade de Cristo.
A outra maneira que o ensino e o espírito de Jesus controlam nossa avaliação da Bíblia, é que reconhecemos, nos ensinamentos da Bíblia, os multicoloridos raios de luz, refratados através do prisma de Cristo, em quem chegamos a confiar. E assim como Cristo nos capacitou a extrair sentido da nossa relação com Deus e trazer harmonia a esta, também os muitos raios da sua verdade, em toda parte da Bíblia, nos capacitam a extrair sentido de centenas de nossas experiências de vida, e ver o caminho para a harmonia. Nossa confiança na Escritura cresce à medida que compreendemos que Jesus afirmou isto e à medida que compreendemos que os ensinos ali contidos são tão incomparáveis quanto Jesus mesmo. Progressivamente, eles nos ajudam a decifrar os quebra-cabeças da vida: casamentos em falência, crianças rebeldes, vício em drogas, nações em guerra, o retorno das folhas na primavera, as insaciáveis petições do nosso coração, o medo da morte, o nascimento de crianças, a universalidade do louvor e da culpa, o predomínio do orgulho, e a admiração da autonegação. A Bíblia confirma sua origem divina repetidamente ao nos fazer compreender nossa experiência no mundo real e ao apontar o caminho para a harmonia.
Espero, daqui por diante, que uma das doutrinas que nós nutramos na Igreja Batista Bethlehem, com força suficiente para morrer por ela (e viver por ela!) é a de que o Espírito Santo é o autor divino de toda a Escritura. A Bíblia é a Palavra de Deus, não meramente a palavra de homens.

Implicações para Tudo na Vida

Ah, se tivéssemos o dia todo para falar sobre as implicações maravilhosas dessa doutrina! O Espírito Santo é o autor da Escritura. Portanto, ela é verdadeira (“A tua justiça é justiça eterna, e a tua lei é a verdade.” Salmo 119:142) e totalmente confiável (“para que por duas coisas imutáveis, nas quais é impossivel que Deus minta, tenhamos poderosa consolação, nós, os que nos refugiamos em lançar mão da esperança proposta;” Hebreus 6:18). É poderosa, operando seu propósito em nossos corações (Também agradecemos a Deus sem cessar, pois, ao receberem de nossa parte a palavra de Deus, vocês a aceitaram não como palavra de homens, mas segundo verdadeiramente é, como palavra de Deus, que atua com eficácia em vocês, os que crêem.” 1 Tessalonicenses 2:13 - NVI) e não retornando vazia para Aquele que a enviou (“Porque, assim como a chuva e a neve descem dos céus e para lá não tornam, mas regam a terra, e a fazem produzir e brotar, para que dê semente ao semeador, e pão ao que come, 11  assim será a palavra que sair da minha boca: ela não voltará para mim vazia, antes fará o que me apraz, e prosperará naquilo para que a enviei.” Isaías 55:10–11). É pura, como prata refinada na fornalha sete vezes (“As palavras do Senhor são palavras puras, como prata refinada numa fornalha de barro, purificada sete vezes.” Salmo 12:6). É santificadora (“Santifica-os na verdade, a tua palavra é a verdade.” João 17:17). Dá vida (“Desvia os meus olhos de contemplarem a vaidade, e vivifica-me no teu caminho.” Salmo 119:37; “Isto é a minha consolação na minha angústia, que a tua promessa me vivifica.” 119:50; “Nunca me esquecerei dos teus preceitos, pois por eles me tens vivificado.199:93; “Estou aflitíssimo; vivifica-me, ó Senhor, segundo a tua palavra.” 119:107; “Santifica-os na verdade, a tua palavra é a verdade.” João 6:63; “Mas Jesus lhe respondeu: Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus.” Mateus 4:4). Torna sábio (“Também por eles o teu servo é advertido; e em os guardar há grande recompensa.” Salmo 19:7; “Tenho mais entendimento do que todos os meus mestres, porque os teus testemunhos são a minha meditação. Sou mais entendido do que os velhos, porque tenho guardado os teus preceitos.” 119:99–100). Dá prazer (“Os preceitos do Senhor são retos, e alegram o coração; o mandamento do Senhor é puro, e alumia os olhos.” Salmo 19:8; “Deleitar-me-ei nos teus estatutos; não me esquecerei da tua palavra.” 119:16; “Se a tua lei não fora o meu deleite, então eu teria perecido na minha angústia.” 119:92; “Os teus testemunhos são a minha herança para sempre, pois são eles o gozo do meu coração.” 119:111; “Tribulação e angústia se apoderaram de mim; mas os teus mandamentos são o meu prazer.” 119:143; “Anelo por tua salvação, ó Senhor; a tua lei é o meu prazer.” 119:174) e promete grande recompensa (“Também por eles o teu servo é advertido; e em os guardar há grande recompensa.” Salmo 19:11). Dá força aos fracos (“A minha alma se consome de tristeza; fortalece-me segundo a tua palavra.” Salmo 119:28) e conforto aos perturbados (“Sirva, pois, a tua benignidade para me consolar, segundo a palavra que deste ao teu servo” Salmo 119:76), guia aos perplexos (“Lâmpada para os meus pés é a tua palavra, e luz para o meu caminho.” Salmo 119:105) e dá salvação aos perdidos (“A salvação está longe dos ímpios, pois não buscam os teus estatutos.” Salmo 119:155; “e que desde a infância sabes as sagradas letras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela que há em Cristo Jesus.” 2 Timóteo 3:15). A sabedoria de Deus nas Escrituras é inexaurível.
Quão preciosos para mim são teus pensamentos, ó Deus! Quão vasta é a soma deles! Se eu fosse contá-los, seriam mais que os grãos de areia.


Por: John Piper. © Desiring God. Website: desiringGod.org




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“Esta é a permuta que, em sua bondade infinita, ele quis fazer conosco: recebeu nossa pobreza, e nos transferiu suas riquezas; levou sobre si a nossa fraqueza, e nos fortaleceu com o seu poder; assumiu a nossa mortalidade, e fez nossa a sua imortalidade; desceu à terra, e abriu o caminho para o céu; fez-se Filho do homem, e nos fez filhos de Deus.” João Calvino

domingo, 13 de março de 2011

A N° 1!


Está oficialmente no ar! O primeiro número da Revista Reformada está lançado.


Este número traz a pregação do príncipe dos pregadores, Charles Haddon Spurgeon. (Wikipedia de Spurgeon)

No sermão intitulado “Sangue do Concerto Eterno”, Spurgeon nos mostra como Deus tem se importado conosco desde a eternidade, fazendo um pacto, ou um concerto, consigo mesmo prometendo nos enviar um redentor, Jesus Cristo, para nos livrar da sua ira e nos dá gratuitamente a salvação para a vida eterna.

Para fazer o download basta clicar em um dos links abaixo:

4shared   Mediafire


Que Deus o abençoe.




“Esta é a permuta que, em sua bondade infinita, ele quis fazer conosco: recebeu nossa pobreza, e nos transferiu suas riquezas; levou sobre si a nossa fraqueza, e nos fortaleceu com o seu poder; assumiu a nossa mortalidade, e fez nossa a sua imortalidade; desceu à terra, e abriu o caminho para o céu; fez-se Filho do homem, e nos fez filhos de Deus.” - João Calvino

sexta-feira, 11 de março de 2011

As Boas Vindas

Bem vindo ao blog da Revista Reformada. Aqui postarei as revistas em PDF e o local onde elas estarão.

Sinta-se a vontade para baixar, produzir e distribuir a revista. Mas não a altere de nenhuma maneira e não a use com fins lucrativos ou comerciais.

Que Deus o Abençoe.

Uma Apresentação


A Revista Reformada nasce com o intuito de glorificar a Deus levando as Boas Novas do Senhor Jesus Cristo a todos. Enquanto ela existir terá por fim este propósito: o de anunciar que Deus, o Criador de todas as coisas, que mandou seu Filho, Jesus Cristo, para viver uma vida perfeita, cumprindo toda a Lei, livre de toda sorte de pecado, para morrer pelos seus, carregando em Si toda a ira de Deus. Tirando, assim, toda a culpa, perdoando todo pecado. E ainda: que Ele ressuscitou dentre os mortos, vencendo a morte, o inferno e Satanás. Voltará novamente, ressuscitará os mortos e dará vida eterna a todos àqueles que acreditaram nele.

Aquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus.” II Corintios 5:21

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